*Continuação
O
escravo tornou-se a mão-de-obra fundamental nas plantações de cana-de-açúcar,
de tabaco e de algodão, nos engenhos, e mais tarde, nas vilas e cidades, nas
minas e nas fazendas de gado.
A
escravidão no Brasil foi cruel e desumana e suas consequências, mesmo passados mais de 130
anos da abolição, ainda são perceptíveis. A pobreza, violência e a
discriminação que afetam os negros no Brasil são um reflexo direto
de um país que normalizou o preconceito contra esse grupo e o deixou à margem
da sociedade.
Tanto
nos engenhos quanto nas minas, os escravos executavam as tarefas mais duras,
difíceis e perigosas.
A
maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos de péssima
qualidade, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido e escuro) e recebiam
castigos físicos.
O transporte
dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que apresentavam
péssimas condições. Muitos morriam durante a viagem. Os escravos não
podiam praticar sua religião de origem africana, nem seguir sua cultura. Porém,
muitos praticavam a religião de forma escondida.
As mulheres também foram
escravizadas e executavam, principalmente, atividades domésticas. Os filhos de
escravos também tinham que trabalhar por volta dos 8 anos de idade.
Muitos escravos
lutaram contra esta situação injusta e desumana. Ocorreram revoltas em muitas
fazendas. Muitos escravos também fugiram e formaram quilombos, onde podiam
viver de acordo com sua cultura.