A
escravidão no Brasil
A escravidão pode ser definida
como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o escravo) é propriedade de
outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado.
Legalmente, o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem
iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.
Durante
mais de 350 anos de tráfico transatlântico, o Brasil recebeu cerca de 5 milhões
de africanos escravizados.
Não
existem registros precisos dos primeiros escravos negros que chegaram ao
Brasil. A tese mais aceita é a de que em 1538, Jorge Lopes Bixorda,
arrendatário de pau-brasil, teria traficado para a Bahia os primeiros escravos
africanos.
Eles
eram capturados nas terras onde viviam na África e trazidos à força para a
América, em grandes navios, em condições miseráveis e desumanas. Muitos morriam
durante a viagem através do oceano Atlântico, vítimas de doenças, de maus
tratos e da fome.
Os
escravos que sobreviviam à travessia, ao chegar ao Brasil, eram logo separados
do seu grupo lingüístico e cultural africano e misturados com outros de tribos
diversas para que não pudessem se comunicar. Seu papel de agora em diante seria
servir de mão-de-obra para seus senhores, fazendo tudo o que lhes ordenassem,
sob pena de castigos violentos.